segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vida inventada


Fim de semana cultural na casa do Luís Renato. Pintamos quadros baseados em frases de Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector, escutamos Maria Gadu, demos muitas risadas e conversamos longamente sobre o momento que estamos vivendo. São muitas as coincidências, os caminhos paralelos. A gente se entende se desentendendo e se desentende até pelo olhar. E aí acontece o entendimento, aquele verdadeiro. A gente não faz sentido, por isso ele é meu companheiro. A gente troca textos que nos tocam, mostra um ao outro músicas, pinturas e coisas bonitas. Ele é meu amigo-poesia, com quem o mundo é leve, bonito e não segue a lógica das coisas mundanas. "Que seja doce." E é.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Desabafo

Dias em que minha vontade é ligar no automático. E viver como zumbi. Saber conduzir todas as situações da melhor maneira possível. Sem ter dúvidas sobre o que é o bom, o que é o correto e, sobretudo, sem ferir. Os outros e a mim. Talvez seja excesso de amor esse medo de decepcionar. Amor pelos desconhecidos, pelos pouco conhecidos, pelas promessas, pelas expectativas alheias. Amor a quê? Não sei. Mas só amor tem poder de aprisionar, disso eu sei. Mesmo que ele seja feito de uma agressividade feroz que às vezes se parece com ódio.